quarta-feira, 20 de maio de 2009


Adaptação de Shakespeare com novo casting

Coriolanus será a estreia de Ralph Fiennes enquanto realizador, num filme em que também será protagonista. Ao seu lado contará com um elenco de luxo, feito de grandes nomes do cinema.

Ralph Fiennes prepara-se para se estrear na realização com a adaptação de Coriolanus, uma peça de Shakespeare. Vanessa Redgrave, William Hurt e Jessica Chastain são três dos nomes avançados para se juntarem a Fiennes.
O argumento, que está a ser escrito por John Logan (Sweeney Todd), conta a história de um general romano que se vê envolvido, simultaneamente, numa intriga em nome da República e numa intriga contra a República por se recusar a reconhecer o papel dos plebeus no Estado.
Fiennes acumulará as funções de protagonista e realizador, enquanto Vanessa Redgrave deverá interpretar o papel de Volumnia, mãe de Coriolanus. William Hurt deverá interpretar o comandante Cominius ou o antagonista Aufídius, enquanto que Jessica Chastain, que conta com muita experiência no teatro, deverá ficar com o papel de esposa de Coriolanus.


Isabel Rosete (investigação e divulgação)

Novos cartazes de “The Expendables” definem a marca Stallone

The Expendables, o filme escrito, realizado e protagonizado por Sylvester Stallone lança dois novos cartazes. A caveira prateada ladeada por umas enormes asas num dos cartazes e a tatuagem que retrata a mesma caveira a servir de poiso a um corvo são um óptimo isco para os amantes dos filmes de acção a que Stallone já nos habituou.

O filme, que estreará em 2010, conta-nos uma história que não vai muito além dos desafios que 5 mercenários enfrentam para derrubar um ditador sul-americano, e pode parecer-nos simples, mas é contada com todo o “panache” visual e de caracterização que torna o filme um dos mais esperados e envolto em polémica.Recorde-se que o filme é rodado nos EUA e no Brasil – Rio de Janeiro – e tem deixado os brasileiros em polvorosa.

Isabel Rosete (investigação e divulgação)


Mais uma série de televisão adaptada ao cinema. Desta vez é "Primeval", uma série sobre dinossauros, que é levada ao grande ecrã pela Warner Bros.

A série de televisão Primeval, neste momento na terceira época, será adaptada ao cinema.
A Variety informa que a Warner Bros. negociou um acordo sobre a cedência dos direitos da série, apontando como produtores Akiva Goldsman e Kerry Foster. Goldsman é conhecido pelo seu trabalho com o realizador Ron Howard. Escreveu, aliás, os últimos quatro filmes de Howard incluindo o último, Anjos e Demónios.
Primeval é uma espécie de Jurassic Park na cidade. Mas enquanto em Jurassic Park os dinossauros eram levados para a cidade de barco, aqui os dinossauros aparecem vindos de um buraco temporal e são, depois, combatidos por uma equipa de cientistas e soldados.

Isabel Rosete (investigação e divulgação)

--------------------------------------------------------------------------------
Robert Zemeckis dirige Jim Carrey em “A Christmas Carol”

Robert Zemeckis, realizador de filmes de referência como Forrest Gump, Regresso ao Futuro (II e III), Polar Express e o mais recente Beowulf; lança-se novamente numa história de Natal, desta vez acompanhado por Jim Carrey.

Depois de Polar Express em 2004, em que Tom Hanks aparecia pela primeira vez em live-action, Zemeckis volta a explorar as histórias de Natal. Desta vez a história é de Charles Dickens e passa-se numa véspera de Natal em que três fantasmas visitam um velho que não acredita no espírito natalício.E Jim Carrey é Ebenezer Scrooge é um homem avarento que não gosta do Natal.
Numa véspera de Natal Scrooge recebe a visita de seu ex-sócio Jacob Marley, morto há sete anos. Marley diz que Scrooge não pode ter paz por não ter sido generoso em vida mas que há uma solução e por isso três espíritos o visitariam nessa noite.
Os três espíritos tentam mostrar a Scrooge o passado, o presente e o futuro afim de o tornar um homem mais honesto e bondoso.
Uma animação em 3D com tecnologia CGI, tão querido por Zemeckis e composto por um elenco de luxo, que para além de Carrey, conta com as presenças de Bob Hoskins, Christopher Lloyd, Robin Wright Penn, Colin Firth, Gary Oldman, Cary Elwes, Sammi Hanratty e Daryl Sabara; “A Christmas Carol” estreará em Novembro e promete ser uma agradável história de natal para toda a família.

Isabel Rosete (investigação e divulgação)
SETE ANOS NO TIBET

Por: Isabel Rosete

Um homem, Heinrich Harrer, legendário explorador, missionário no cume das mais altas montanhas que a Terra alberga, eterniza a visão mais que perfeita do Infinito, celebrando a transparência, o alvo mais puro da brancura da neve por onde o Sol espalha, limpidamente, a luminosidade dos seus raios, sem fim visível.
A luz, as nuvens, a neblina, o cinzento e, ainda, a escuridão dos espíritos alienados, mesclam-se com aquela sensibilidade divina, nua, que faz desejar a Eternidade. O aprisionamento e a alforria acompanham Harrer (Brad Pitt), assim como a necessidade da escrita, qual via privilegiada do registo memorial de todos os tempos e de todos os lugares.
A Imensidão, o Interminável, a Paz das lonjuras de uma Alma intranquila à procura da sua própria atmosfera espiritual, bem distante do vazio da fútil materialidade das mentes empobrecidas, prolonga-se por todos os espaços reais, possíveis, imaginários, virtuais... A grandeza do Mundo e a extensão ilimitada do Universo, a conquistar ad eternum, movem-se em todos os rumos e direcções, ora determinadas, ora in-distintas.
Um Olhar claro, clínico, de um azul celeste inconfundível, irrompe por entre a névoa. Um Pensamento de horizontes incomensuráveis, os Sons da Vida e da Morte, em todos os seus estados de Graça ou de (des)graça, incessantemente se erguem. A Escuta – silenciosa, atenta, profunda – dos mais ínfimos pormenores e a beleza singela e eterna das coisas-simples, sempre se manifestam na sua máxima plenitude, hoje perdida, sabe-se lá onde.
E o Amor? Tantas são as formas de Amor re-veladas nestes Sete Anos (no Tibet), símbolos, sinais, de todos os anos de todas as nossas Vidas! O Amor por si próprio, mas, não narcísico; o Amor pela Natureza, na sua diversidade magistral, onde a Identidade e a Diferença co-habitam; o Amor pela Verdade, constantemente procurada e nem sempre encontrada ou perdida; o Amor pela luta das nobres causas em que, de facto, se acredita; o Amor de um homem e de uma mulher, não mais viável, quando tais valores se erguem, imperam, multiplicam…; o Amor dos encontros e dos des-encontros de duas Culturas, tão distantes quanto próximas, entrelaçadas em choque e harmonia; o Amor pela totalidade e pela unicidade do Autêntico, onde há lugar para tudo, excepto para o que não tem, naturalmente, lugar, porque não tem sentido, porque é perverso, porque é ignóbil.
A Solidão, necessária, absolutamente necessária à meditação antecedente a toda a acção, é um marco fulcral desta meditação em andamento. O Pensar e o Fazer unem-se, incessante e umbilicalmente, de tal modo que um jamais é sem o outro. Que grande lição, para nós, homens hodiernos de meras intuições sensíveis, imediatas, irreflectidas…!
A Esperança impera ao lado do desassossego. Porém, nunca agoniza. Nem perante a maior das atrocidades, impiedades ou selvajarias, porque, afinal, a salvação ainda é possível. Aliás, é sempre possível! Rastejando, fugindo, correndo ou vagueando, é iniludível que ela está lá, algures, em parte incerta. Todavia, está lá. Este é o maior desafio. Este é o grande estímulo. Este é o motor de todas as possibilidades.
Todos os caminhos – nesta marcha que é a da própria Humidade, mesmo que concebida metaforicamente – sempre se bifurcam; todos os atalhos sempre conduzem, aos que os trilham com veemente convicção e merecida glória, às veredas autênticas da essência do humano, em devir perpétuo. E o Mundo? O Mundo, seja ele qual for – o nosso, o de todos os outros – com todos os seus vícios e virtudes, gira e avança, sem mais!
Gentes dis-persas se encontram por todos os lugares no pequeno-grande Tibet, uma das maiores Pátrias espirituais do Oriente (e, quiçá, do Ocidente). Também gentes alienadas, ex-tasiadas pelo poder que corrompe, corrói e destrói. E a Guerra, sempre a Guerra, a Intolerância, a Incompreensão, as garras do Fogo de Prometeu, na refulgência da sua destruição.
A Humanidade – a nossa humanidade ou (des)humanidade - espelha-se em toda a sua magnificência e efemeridade imutável. Similarmente, a busca incessante da Felicidade, da Identidade, da Autonomia e da Liberdade do Ser, do Estar e do Pensar, consagram Sete Anos no Tibet como o filme de todas as eras, como o filme de todas as idades.

“A PAIXÃO DE CRISTO” REVISITADA
Por: Isabel Rosete

Se atentarmos nas passagens da Bíblia em que Gibson se inspirou para realizar A Paixão de Cristo, é isso mesmo que se sente, vê, escuta e vivencia: violência, crueldade, muito sangue derramado, inocentemente.
Todos os relatos da época confirmam, sem reservas, essa atrocidade, essa des-humanidade, essa insensata histeria colectiva, movida pelo gosto da agressividade e pelo prazer do ódio.
O realizador, frisemo-lo, não enfatizou ou empolou a contextura epocal, como sustentam os espíritos menos esclarecidos. Apenas a mostrou, na sua plena autenticidade.
A humanidade é assim mesmo: bárbara, violenta, vil... Toda a História o mostra. Só que nem sempre o vemos. Nem sempre o queremos ver. Ou, simplesmente, não convém que o vejamos. É mais cómodo compactuar com o regime, mesmo que, literalmente, o abominemos.
Cristo foi tão-só mais um, entre tantos outros, mártire dessa bestialidade, insensibilidade e leviandade exacerbada dos Homens.
Cristo não convinha ao sistema instituído. Foi um revolucionário. Um verdadeiro rebelde. A sua Filosofia, obviamente contestatária. Naturalmente, teve de ser morto, como também o foi Gandhi, por razões idênticas, só para dar mais um exemplo histórico da Intolerância des-medida.
Assim é a postura de todos os regimes políticos totalitários, os de ontem, os de hoje, os de sempre! Dogmáticos, inflexíveis, intocáveis, pretensos donos da verdade absoluta, não admitem, outras verdades, outras visões do mundo, ou, apenas, uma outra ordem.
É preciso mostrar a todos os olhares dis-persos, do modo mais realista possível, o que o Mundo é na sua essência, sem pré-conceitos, sem falsos moralismos. Este Mundo – o de Cristo e o nosso – não é um mar de rosas, mas, sobretudo, uma imensidão de espinhos, camuflados por belas, cheirosas e aveludadas pétalas.
Devemos observá-lo, clara e distintamente, por detrás de todos os véus, de todas as máscaras que ludibriam as mentes ex-traviadas. Devemos pensá-lo, profundamente; analisá-lo, criticamente, com os olhos da razão, que ultrapassa a vulgaridade das opiniões comuns.
Urge não esquecer que vivemos, tal como o experienciou “O Messias”, minados pelo fingimento, pela dissimulação, pela inveja, pela violência gratuita, pela guerra, entre alguns escassos momentos de paz e de enaltecimento dos valores que efectivamente devem prevalecer no coração dos homens: a Verdade, a Honestidade, o Bem, a Solidariedade, a Tolerância, o Respeito pelas Diferenças fundamentais e pela Liberdade essencial de todos os Povos, Estados, Nações…, independentemente dos credos religiosos, das facções político-partidárias, das cores, das raças, das religiões ou das dissemelhanças culturais. Assim o consagrou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, só em tese, aceite, porque raramente cumprida pelos pretensos detentores do poder.
Urge, ainda e sempre, re-nascer, para uma Outra Idade, para um outro Mundo, onde a Racionalidade paute os pensamentos e as acções do Homens, onde o Bom-Senso impere, definitivamente, para além de todos os paradoxos ou contra-sensos.
--------------------------------------------------------------------------------
Scorsese quer clássicos na Internet
Martin Scorsese vai juntar-se ao site “The Austeurs” para disponibilizar clássicos da sétima arte, devidamente restaurados, através da Internet.

A iniciativa pretende igualmente divulgar as obras em festivais de cinema e escolas, além da componente online, de modo a ampliar o público destas relíquias cinematográficas.
O projecto surge no seio da World Cinema Foundation, uma organização criada em 2007 pelo próprio realizador, dedicada à restauração do património cinematográfico.
Mediante a parceria estabelecida está prevista a disponibilização dos filmes, alguns de forma gratuita, na sala de cinema do The Austeurs.
Estão igualmente a ser negociadas parcerias para que estes mesmos filmes fiquem disponíveis noutros serviços, como o iTunes ou o Netflix.
.